quarta-feira, 26 de junho de 2013

Olhar


Esses olhares inseguros caminham pela mais profunda estrada que existe.
Estão imersos em uma tristeza constante.
Esses olhos que por muitas as vezes acalentavam minha dor.
Estão perdidos em um mundo que não consigo enxergar.
Um mundo que eu por muitas vezes desvendei.
No fim eram apenas resquícios da verdade.
O que os meus olhos puderam enxergar não contavam nem a metade.
Há uma falha um quebra cabeças desmontado pelo chão com peças incoerentes.
Os sonhos que antes o olhar transbordava,  se foram com o brilho.
Dando passagem para pesadelos.
Em uma mera noite escura e fria, as magoas estão a tona.
Se pudeste ao menos que por 1 hora salvar o sorriso que tanto fazia-me bem.
Se por um segundo pudesse recompensar-te por todo o mal dentro da sua alma.
Se por um segundo uma fenda de luz se abrisse dentre as sobras talvez seria possível resgatar.
Todos os sorrisos um dia foram deixados pra trás.

sábado, 22 de junho de 2013

Dor


Como uma borboleta a voar em um imenso jardim;
Sem direção, tão só, apenas sobrevivendo.
Nem mesmo o vento me abraça com verdade.
No desejo de ser por uma vez o primeiro plano.
No desejo de por uma vez ser feliz de verdade.
No desejo de por uma vez encontrar pensamentos que não se contradizem.
Uma vez olhar para o céu e não ver apenas escuro.
Derrotado pelo medo de viver, o guerreiro morrerá...
A cada dia lutando por uma felicidade que não é sua,
Percebe-se que o tempo passa em vão.
Sentada em um quarto escuro é possível sentir toda a dor,
Não há alivio, não há nada que faça passar.
Nem mesmo o que mais se gosta.
Nem mesmo o tempo.
Apenas um apelo silencioso por socorro.
Ecoando de um coração, que quase não bate.
Uma espera talvez em vão, por algo que não virá.

sábado, 15 de junho de 2013

Em uma noite


As estrelas do céu testemunham,
Em uma noite enluarada,
Onde o irreal se torna real,
E por um segundo o coração consegue confiar,
E mesmo que voe, você sabe que irá voltar.
E mesmo que digam não, você dirá sim.
E mesmo em meio ao deserto ainda é possível sobreviver.
E enquanto houver oxigênio será possível recordar.
E mesmo havendo dor, tudo será possível curar.
E mesmo que as lagrimas caiam ainda sim nada morrerá.
Em uma noite onde a lua embala os sonhos.
Em uma noite que a luz das estrelas podem ser magicas.
O mundo pode até acabar...
Porem uma gota terei provado.
E mesmo que não pareça, é sempre possível observar...
A verdade na esperança, e a ingenuidade dos sonhos.
Em uma noite onde não chove é possível recordar.
O sentido que há para um coração bater.
E o mesmo sentido que pode faze-lo parar.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

tornado


Uma gota do oceano...
Uma lagrima escorrendo pelo rosto...
Um simples pedido silencioso de ajuda...
Muitos não verão, e até sorrirão junto.
Um sorriso que pertence aos falsos.
Apontaram os erros,
Mas nenhum será tão capaz de chegar...
Chegar perto da verdade, da tristeza,
E apunhalar o próprio coração,
Com a mais pura incerteza de acreditar ou não.
Viver o próximo segundo e saber que a dor virá,
Te cobrirá por completo tirando as forças,
E quando você já estiver fraco demais pra continuar,
Então nada poderá te salvar?
Deixar se levar pela correnteza sem se dar conta,
Que o céu já não é azul.
Porque tudo sempre é incerto como as chamas do fogo.
É como veneno que não tem antidoto...
É como um tornado destruindo tudo por onde passa...
É a dor de não prever o futuro,
É a angustia fazendo você esgotar sua vida aos poucos.
É o simples fato de sentir-se culpado...
pelo simples fato de respirar.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Alma Doente

Já não existem horizontes,
A beira de um mar de magoas,
A solidão abraça essa alma,
Sentada em seu esconderijo a beira do mar,
Aqui é frio escuro e mórbido,
Andando pela areia,
A cada passo as lembranças se infiltram,
Seus olhos choram sangue,
Só conseguem ver, o negro mar de magoas,
O sol não existe aqui, á tempos se apagou.
Contando os passos,
A cada vez é mais difícil se respirar.
Desejando pra sempre esquecer que um dia a vida existira.
Chorar apenas pela dor,
Gritar apenas pela solidão,
Ser a tristeza, vive-la, guarda-la junto a si,
Caminhar sobre os espinhos das rosas mortas.
Beber o sangue como água,
Sentir sua vida definhar, e cada vez mais se apagar.
De um horizonte que não existe mais,
De um sonho que morreu,
De uma alma que adoeceu.