quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Arrisque... Então viva

Escuto a noite embalar os sonhos, vejo as estrelas aparecerem para nos proteger dos pesadelos. Então dissipo meus medos e me encorajo.
Pois ainda há tanto por vir... Há tanto a sorrir... há tanto a sentir.
Não seria justo não arriscar, não seria justo não se permitir, não seria justo não viver aquilo que a vida nos propõe.
Ainda que eu me perca pelas estrelas tentando achar a lua, é tudo tão passageiro e frágil, que seria injusto que eu não me permitisse tropeçar e me enganar... sentir e ter esperanças.
E tudo que a alma pede é: que se viva sem medo de arriscar, que se sonhe sem pensar em parar, que aproveite as estrelas e respire o ar fresco da noite, sabendo o quão frágeis são os momentos, devendo esses serem vividos intensamente sem que se tente impedi-los de acontecer.

terça-feira, 12 de julho de 2016

POR MAIS RESPEITO

     E aos poucos o mundo ao seu redor some, bem devagar seus olhos mudam, e quando tudo parecia bem... o espelho te acusa de não ser! De não estar! E fazendo parte de um mundo tão cruel você se vê vitima de um crime que nunca cometeu... você é magra demais... você é gorda demais... você é definida demais... você é grande demais... você é pequena demais... você é tudo, menos você!
     E como se não bastasse tamanhã crueldade, ainda sim você peca!! Você peca por: ser vulgar demais, ser bonita demais ou ser feia demais, falar de mais ou falar pouco, estudar demais ou não estudar, ser mulher ou não sentir-se mulher, namorar ou estar solteira, rezar demais ou rezar de menos, ter cachos ou usar chapinha, ser "puta" ou não ter atitude, ser dona de casa ou trabalhar fora.... Pecamos por tudo não é mesmo? Até quando?
      A sociedade julga demais, e nós, nos julgamos também, criando uma verdadeira utopia dentro de nossas mentes, fugindo tanto daquilo que realmente somos até não nos encontrarmos mais. E no fundo tudo que queremos é paz, é vida, é respeito, é não viver no medo, ser bonita ao nosso próprio modo e sentir-se assim, queremos diversão e também prazer, queremos ser sem temer, sem precisar ter: uma cor, um corpo e uma opção ideal.
      No fim só queremos mostrar que escolhemos ser seres humanos racionais aptos a pensar e agir, e não criaturas submissas que devem apenas obedecer sem ter papel algum que não seja aquele que ordenem. E sem hipocrisia escolher ser apenas ou ser além em uma sociedade que prese pela igualdade. Queremos ser nós mesmos sem criticas, sem padrões de beleza ou comportamentais, com respeito, com escolha, sem que imponham o que devemos seguir ou ser.
Ass: J.M.
   

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O Rei


Estou doente, olho em seus olhos e você não vê.
Minha alma está pegando fogo, e minha mente já esta tão distante...
Eu corro, mas ninguém vai me salvar,
meu trono caiu, e minha coroa agora é apenas um objeto.
Tento me esconder nas sombras de um castelo que um dia construí.
São tantas mentiras, são tantas verdades não claras,
Agora apenas há sangue e fogo derramados pela muralha.
A doença me cega, me tranca, não posso sair, ou regressar.
Meu povo deserta, e aos poucos a morte chega.
E talvez eu fique aqui para sempre, como uma comida "real" para os corvos.
Apenas queria defender-me, defender-me do exercito de fúria,
Defender-me do mundo em ebulição lá fora.
E de nada mais adianta, minha loucura me condenou.
Haverá saída?
Minha coragem ainda luta,
Talvez eu possa abrir os olhos, e vislumbrar as ruínas por uma outra vez.
Ainda há guerra, posso ouvir, posso cheirar minha doença.
Posso sentir no fundo algo querendo sair pelas entranhas,
Posso sentir minha respiração dizer, algo que por muito tempo morreu em mim
Apenas honrei os desejos, e agora... tento colidi-la, encontra-la, abrir os olhos...
Tento me ver, e me pergunto, quem eu sou? quem reinara agora?
Morro por fim, por partes de mim, as partes doentes e putrefatas.
Nasce então o pior e o melhor, e morre o meio termo.
Nasce os estremos que sempre se colidiram, em um casamento, de amor e ódio,
Morte e vida, onde rei e plebeu são a mesma pessoa, porem tão perigoso quanto qualquer um.
E então a certeza de que nem o fogo e nem o sangue, destroem um reino de um só ser.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Suicídio!


Tão dentro de si... morre.
As lagrimas caem como chuviscos pela altura.... e ainda sim, morre.
Grita sem saber quem é, e ninguém escuta.
Procura... necessita, e ninguém se importa.
Tão perto de tudo, e ao mesmo tempo tão distante.
O ar se esvai com a vida.
O sangue se esvai com a vida.
O medo foge... e a coragem também se esvai.
E tudo o que outros percebem, é o quanto se tem de ter.
Tudo que outros olhos cegos enxergam é que dentro da loucura há imbecilidade.
E por muita vezes... você tenta, você ama.
E por muitas vezes... até mesmo você, pede ajuda.
Mas é tão inútil, como sua necessidade em ter aquilo que já tem.
A sociedade se fecha, e a solidão decide te acolher,
E sem que ninguém perceba sua vida já está por um fino fio.
E quando os outros menos esperam, vão chorar!
Chorar por não ouvir!
Chorar por aprender pela primeira vez a qualidade daqueles que ainda morrem!
Chorar por não ter tido tempo.
Chorar por ter se importado tanto em ter e ser.
Transformam tudo em musicas, filmes e textos como este, saudades e lamento.
Mas ainda há tempo de salvar, ou ao menos tentar.
Aos "outros":
Escute... Nas lagrimas há pedidos de ajuda.
Veja... nas insanidades há explosões de socorros.
No escuro não há luz, no escuro não há nem mesmo sombras.
No escuro não se pode caminhar só, não se encontra um outro dia de sol, sozinho em plena escuridão, sem que se perca antes.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Estranhamente

Como estrangeiro em terras desconhecidas,
Porem sem pontos turísticos pra visitar.
Desvendado olhos, historias vividas,
Sem ter lugar definitivo pra ficar.

Dentro de sonhos perdidos,
Fora da realidade.
Há tanto pra se ver entre os vivos,
Há muito pra conhecer a verdade.

Assim eu inexisto,
Agora já somos nós,
Outrora foste apenas vós.
O tudo é maior do que o finito.

Já não me basta,
Tão pouco lhe basta.
Que dentro da multidão,
Os sonhos sejam feitos de uma unica união.
J.M.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Magia


Seus olhos me envenenam...
Seu amor me deixa doente.
Tuas memorias me perturbam, e eu tento correr.
Tropeço sempre no mesmo buraco,
As estrelas já não me guiam mais como antes e eu tento gritar,
O silencio me abafa e transforma tudo em ecos.
É um labirinto sem fim.
As vezes sinto que posso voar.. porém nem ao menos se tivesse asas saberia usá-las.
E eu ainda tropeço...
Eu não me reconheço... a noite me deixou... mas o sol também se foi, e as nuvens não me querem.
Mas há algo... ainda há algo que me guarda, que protege minha essência, o segredo das asas.
E não, ela nunca esteve em nenhuma união,
A magia não estava nos seus olhos, apenas o feitiço.
Meus delírios se alimentam de nossas memorias, e faz minha visão desvanecer.
Isso não é um filme... nem pode ser.
Ainda estou aqui.... ainda estou aqui...(ouço sussurros)
As vozes são familiares, talvez pertençam a mim.
Talvez se apaguem com o tempo...
Mas que perdurem o bastante pra que eu as encontre...
Para que eu possa voar! Para que eu possa viver!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Deixe pulsar...

Como as batidas do coração,
Tão pulsante, como sangue correndo pelas veias.
Como um delírio, a me cegar a realidade,
Tão constante e tão ilusivo.
Como se pudesse haver uma realidade abstrata,
Tão distante de tudo,
Reclusa em meu mundo,
Nada é igual...
Cada detalhe é tido com cores diferentes,
No céu não há sol, mas tudo é uma continua noite estrelada.
Como se tudo pudesse ser eterno,
E ao mesmo tempo como se tudo tivesse um fim,
E eu já não temesse mais eternidade ou o adeus.
Tão repleta de um novo eu,
Como se olhasse no espelho e não me vesse.
És um delírio constante da alma,
Cujo leitor não tem a obrigação de intender.
Mas que aceite as palavras que vos escrevo,
Na intenção de não deixar minha pobre alma padecer na loucura.
Já não tento concertar imperfeições,
Pois inunda-me as emoções,
Das mais diversas e por hora me inunda também a frieza.
E nesta arte abstrata da vida onde o delírio invade a realidade,
Eu vou me com o vento e deixo pulsar a bipolaridade da vida,
Sou eu... já não sou mais eu... quem somos?
Talvez não haja respostas que me saciem ou remédios que me curem a loucura.
Então apenas deixe estar... E deixe pulsar.