quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Somos


Como sonhar, enquanto sua alma parece agoniar?
Desejo que o vento leve as folhas mortas do meu jardim,
Mas a unica coisa que ele faz é muda-las de lugar.
O corpo já não sente mais os espinhos a dor o consome.
O peso das memórias me mantem no chão.
Assim como os pensamentos me torturam.
Em uma noite fria e escura.
Deitada na solidão, esperando o próximo segundo.
Deixei ir a alegria, deixei ir os sorrisos.
E hoje a tristeza se instalou como uma parte de mim.
Enquanto a noite abraça os pensamentos.
Eu imagino o mundo que fui capaz de criar e destruir.
Imagino a melodia que hoje faz as lagrimas escorrerem.
E no fundo sempre se esta sozinho.
No fundo sempre há um vazio.
Sabemos e não admitimos que na verdade sempre estamos sós.
Mesmo acompanhados, nunca temos, e nunca pertencemos a algo ou alguem.
A solidão nos carrega por um barco em um mar de lembranças,
E sonhos mortos.
Então o que somos?
Somos aquilo que criamos, e muitas vezes o que acreditamos,
Somos matéria do que construímos.
Somos matéria do que sentimos.
.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Frio

Entre as promessas o tempo pode passar,
Mas talvez o frio tenha voltado,
E o medo nunca foi embora.
E quando posso ver o olhar, sinto que tudo pode desabar.
Porque continuar? Insistir?
Talvez no fundo haja algo maior.
E nas vitórias e derrotas de um coração,
Se faz fortificar o que se passou.
Pois nem mesmo o tempo foi capaz de destruir.
Nem mesmo o frio ou a desilusão.
Talvez seja perigoso olhar daqui,
Tudo alto demais a ponto de cair.
Mas o frio novamente toca meu rosto.
Não sei se ele se faz de medo ou de insegurança.
Se é bom ou ruim...
Mas ele voltou, como as estações,
Sua faze novamente ronda meus pensamentos.
Penso que a vida talvez seja, um jogo,
Mais especificamente um jogo de sentimentos.
E o frio não trás frieza, o frio trás o mistério.
A angustia, e nos faz recordar de como o medo pode nos matar.
Tentando sobreviver, caminhamos.
Ao rumo de um futuro que não podemos prever.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vozes


Delirando, em uma vontade constante.
O fim o breu eterno.
Porque morrer parece ser o maior desejo?
Porque insistem em reforçar velhos termos e leis em minha mente?
Fazendo de mim um corpo sem alma,
Pois a alma doe em uma imensidão de onde não há volta.
Permanecendo preza em vozes que gritam em minha mente.
Aqui não há paz!
Não há felicidade plena!
Aqui não há harmonia!
Aqui existe ódio.
Tristeza.
Dor.
Não há alivio.
E os meros sorrisos sempre funcionam como a mascara perfeita.
A realidade é que a luz das estrelas já não significam nada.
A verdade é que continuar é mera tortura.
Preso na dor de palavras repetitivas, tentando se fortalecer.
Mas o fim me chama.
O fim talvez seja a unica coisa que possa me fazer encontrar paz.
Mergulhada nos meus erros, e nas dores...
Eu apenas quero que parem as palavras.
Parem as vozes que me dizem os limites.
Quero de uma vez por todas abraçar o silencio.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um dia...

Eu sonho...
Eu tenho tantos pesadelos,
Alegrias pensativas,
Tristezas imaginárias...
E quando tudo se for eu ainda estarei aqui como sempre estive.
Tendo o mesmo muro de proteção de sempre.
Por mais que por dentro tudo esteja destruído.
Por mais que o silêncio ainda sim grite.
O sorriso seja um desfarce.
Um dia tudo será historia.
Um dia tudo se apaga.
Um dia tudo se liberta.
Nas alegrias sombrias,
Nas tristezas sofridas.
No sangue que escorre,
devido a cortes na alma.
Um dia tudo muda..
As pessoas matam o que resta... E tentam viver o que há de menos nocivo ao coração.
Mas saiba sempre disso um dia... tudo muda.
Tudo fica distante demais para se tocar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Acordar

Eu acordo todo dia para a realidade tentando trazer para perto a ilusão dos sonhos...
E quando nada mais se encaixa.
E quando as lagrimas tem de rolar.
Eu olho pra lua, quem saiba ela me diga, uma forma de ser feliz.
Eu olho pra lua tentando encontrar as respostas.
E quando tudo esta perdido ainda há estrelas.
Mas em um novo amanhecer...
Mas em um novo dia..
Mas em uma nova noite.
O veneno vai transformar as coisas..
Inundar-me e matar o que ainda resta de um velho eu.
E mesmo que seja duro assim que tem de ser.
Mas e se todas estrelas morrerem?
E se esse sentimento perdurar eternamente?
E se um novo dia não existir?
Nem mesmo uma nova noite?
Me imergindo em uma realidade tomada por ilusão.
Mas quando a musica toca ainda posso sentir...
O sufocar dos segundos apertando meu coração.
E no amanhã irei acordar..
Matando ou não os diversos desejos irreais.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Irreal


E se você gritar sera que irei ouvir?
Tao imersa nos planos, e na dor..
Supondo a tragedia, tão distante das verdades da vida...
Contemplando um mundo imaginário imerso nos meus desejos.
Eu ouço sua voz tão distante, porem tudo que vejo é a ilusão de meus dias.
Mergulhando nos sonhos e pesadelos com pouco oxigênio.
Me envenenando na doce armadilha do irreal.
Como uma brincadeira fatal.
As estrelas parecem brilhar mais daqui.
E aqui me sinto viva.
Em meio a toda dor, imóvel diate toda a tristeza.
Paralisada em um mundo escuro.
Contemplando  a destruição do ser humano.
A ilusão nos carrega no colo.
Em uma noite de luz tudo pode ser real.
Até mesmo sua voz a tocar meus ouvidos.
Tão distante quanto as estrelas mas tão real quanto o brilho das próprias estrelas.
Tão viva! Mesmo estando morta para o real.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Breve paixão


Somos apenas vidas a andar pela fina linha do universo.
Erramos por tantos momentos, sobrevivemos a tantas perdas...
E no fim até mesmo a escuridão é capaz de nos abandonar.
Então em uma noite como essa sem estrelas delirei na dor,
Pois sabia que não poderia ter-te aqui.
Mergulhei nos mais profundos pensamentos, enquanto a brisa tocava meu rosto.
Como se pudesse sentir seu coração pulsar tão vivo em minhas mãos,
Era um sonho tão irreal, porém parecia ser tão fatal á mim.
De repente seu coração já era um caco de vidro a perfurar minha mão.
Já não existia sentimento algum, ele simplesmente não existia mais, em minha mão.
As gotas de sangue escorreram pelo chão,
Formando rastros de uma história na qual apenas você tinha a chave para ler.
Fomos tão belos, formados como as estrelas e o espaço,
Um para o outro...
E já no estante seguinte tão distante quanto as mesmas estrelas e a gravidade.
As lagrimas aqui derramadas nesse sonho serão guardadas.
Uma doença? um delírio? uma tristeza? uma dor? uma breve paixão?
Sim uma doença que me provocara delírios, tristezas e dor, em uma  noite escura e fria...
Trazendo a mim lembranças de uma breve paixão.
Cravada em um doce pesadelo que parecia ser sonho.

Assassino


Histórias... é tudo que se pensa ao olhar no espelho...
Desastradas histórias, tragédia e medo no mais fundo do seu ser...
Porem a razão de um assassino, não é uma pura razão.
E sim uma razão que caminha pelo vale da loucura.
Uma criança fatalmente brincando dentro de você.
Há tanto a se concertar, porém uma mente doente não tem cura.
Vive silenciosamente esperando o tempo que nunca vai vir.
Sentado no escuro sentindo o sangue vital correr pelas mãos.
Dividido entre a realidade, e a loucura...
Em um doce e fatal prazer.
Um delírio um erro?... Não apenas uma mente diferente.
Sem piedade talvez mas há tanto escondido por trás de um caloroso olhar.
Uma breve musica fúnebre a embalar sua passagem.
Seus perturbados pensamentos, e seu rosto despreocupado,
Não se pode ver toda uma historia além de uma pessoa...
Mas todos os dias o espelho dirá e contará tudo que se passou.
Sabendo que até mesmo uma bela melodia, foi escrita por alguém que já chorou.
Um assassino, psicopata a sorrir ironicamente pro espelho a recordar as vitimas que matou.
Uma alma fria? Não talvez apenas uma inconsequente dor misturada a loucura...
Como apertar a mão entre os espinho de uma rosa, e mesmo sangrando continuar olhando suas belas pétalas...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Gotas do mar


A imensidão do horizonte, nos condena pensar,
Em tudo que se foi, trazendo saudades,
Da felicidade um dia encontrada em um puro sentimento,
Imerso em seu próprio ser, o ser humano pode observar o universo,
Todas historias cravadas aqui,
Por tantos momentos nos fazendo ser injustos.
Porque ?
Há perguntas sem respostas e sentimentos nos matando.
Segundo após segundo o tempo vai se esgotando.
E mesmo sendo menos que um grão de areia no universo,
Ainda conseguimos nos importar...
E mesmo que mortos os sonhos, insistimos em ressuscitar,
somos menos que uma gota no oceano a observar a imensidão,
No entanto os sentimento são muitos diate do que imaginamos.
As chances são poucas para se acertar, e todos um dia erram.
Querendo de algum modo tocar o céu com a ponta dos dedos,
Avulsos no meio do universo, sendo apenas humanos,
Mortais, que precisamos a todo tempo renovar as forças.
Humanos tentando ir contra a correnteza...
Tentando ser o universo sem perceber que pertencessem a um.
Sufocados por nossos sentimentos, e com um vazio a ser preenchido.
Somos apenas seres tão pequenos quanto as gotas do mar, em meio a imensidão.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Deixe durmir

Apague as luzes há alguém querendo dormir,
Se imergir em historias irreais.
Um alguém que já sofreu demais,
Se preocupou demais, e deixou o personagem principal morrer.
Alguém cuja historia é difícil de se entender.
Imagine então, sua paz desaparecer,
O sol se tornar ofuscante demais,
Imagine o amor como a sua unica saída desse mundo tortuoso.
E mesmo assim o amor pode lhe matar aos poucos,
Imagine todos os dias uma batalha silenciosa para permanecer bem,
Imagine que as lagrimas são o único e preciso alivio de toda a dor,
E quando a musica tocar, talvez não haja mais sentido de ouvir.
Um alguém sozinho e silencioso, a passar pelo seu dia como algo invisível.
Então apague a luz e faça silencio, pois esse alguém quer dormir,
Criar uma irrealidade para tentar sobreviver a realidade,
Lutando todos os dias para não cair, em um buraco tão escuro quanto uma noite sem estrelas e lua.
Imagine caminhar todos os das pelos mesmos cacos de vidros de uma sociedade que não se encaixa em você.
Então deixe dormir quem tanto já sofreu,
Encontrar com os olhos fechados, a irrealidade que tanto planejou.
Desfrutar dos momentos que não aconteceram, e sorrir, mesmo que iludidamente.
Um alguém assim tão humano quanto você escrevendo sua história de sonhos...

sábado, 3 de agosto de 2013

Olhar


Tente olhar dentro de meus olhos e desvendar as verdades,
Verdades de uma alma, que se faz de sonhos, e medo de mata-los.
Veja que todas as noites, o meu coração chora com medo,
Veja nos meus olhos o valor que tudo ganhou pra mim,
Veja nos meus olhos, minha alma não é a mais perfeita, mas nunca lhe deixaria.
Se pudesses invadir meus pensamentos descobriria  que não há obsessão.
Nenhum tipo de desequilíbrio, mas apenas alguém que sonha...
Alguém que fica feliz por um simples fato,
Alguém que conta os dias, espera os segundos, e tenta controlar os piores defeitos em si mesma.
E quando pensar que tudo pode estar perdido,
Apenas tente, imaginar o quanto esse coração bateu por outro,
Tente imaginar a tortura proposta a esse coração,
Coração e alma, que já choraram muitas vezes,
Desistiram, sem expectativas,
E de repente tudo pode ser reconstituído mesmo que nas diferenças.
Então se este coração se partir novamente, pretende ir embora,
Machucado e sangrando, sozinho, para um horizonte onde possa refletir,
E fingir esquecer e se recuperar.
E por mais que doa o bem sempre será desejado.
Mas saiba que sempre existirá uma lembrança mesmo que rápida.
Se pudesse olhar em meus olhos e desvendar meus pensamentos...
Saberia que nos dias de hoje ninguém seria capaz de sentir o que sinto.