Deserto de gelo

Caminhando... Caminhando, mas não encontro a felicidade.
Tudo está tão distante e eu estou em um deserto sem oásis.
Onde estão as flores? As historias de uma juventude feliz?
O sol me sufoca, e me prende a um rotina.
E quando tudo se vai sinto o vazio me invadir.
Não há melodia que cure as feridas ou que me anime.
Não há vida que me faça feliz.
E os meus desejos estão tão distantes.
Assim como céu e a terra posso até mesmo visualiza-los, mas jamais toca-los.
As perdas se fazem presente, e nas noite frias as lagrimas são a unica companhia.
O torpor e a vertigem da depressão me tomam.
Contida no meio do deserto de gelo.
Aqui paralisada, não há felicidade.
Não há vida.
Apenas um corpo paralisado pelo frio , dor e a tristeza.
Não há estrelas, nem liberdade.
Não há nada que supra minha sede.
Não há esperanças para sonhar.
Não há caminhos para se trilhar.
Apenas espero o fim chegar,
E trazer de um vez por todas o alivio dos dias tristes e dolorosos.

Só por essa noite

E quando você não esta aqui tudo é tão vazio.
E quando seu sorriso não sorri é tudo tão triste.
Enquanto estrelas cadentes caiem eu apenas queria estar ai.
Enquanto o céu parece uma imensa parede negra cheia de pontos luminosos estou a sua procura.
E quando tudo é difícil demais, talvez isso me faça conseguir sobreviver.
E enquanto o mundo pode se acabar te busco em nossas lembranças.
E nos traços incertos de um futuro.
E talvez esteja longe demais para sentir, como o mundo amanheceu hoje.
Como a noite é daqui.
Enquanto meu coração chora por um segundo contigo, a noite nos pede pra sorrir.
E se esse sentimento é invisível, ao menos podemos sentir.
E essa noite esperar, que os sonhos te trarão até mim.
Em uma melodia sem ritmo poderíamos dançar.
E pelo espaço flutuar.
Poderíamos ser um só, e de suas magoas eu transformaria em pó.
E o passado morreria pra sempre, dando vida a um novo presente.
Mas esta noite tudo esta distante demais seus braços não irão me abraçar.
Suas magoas não se acabaram.
Mas só por esta noite eu posso sonhar.
Esperar que você chegue como magica, esteja aqui, e pra sempre fique.
Mas só por esta noite deixar me levar,
Por um sentimento invisível, que não posso ver, não posso pegar em meus braços,
Mas posso sentir.

Ser

Ecoam pelo vento o som dos passos,
Escuto  chegarem mais perto.
Mas não há nada aqui.
Não há espelhos que reflitam sentimentos verdadeiros.
Não há meias verdades que cubram as lacunas.
Não há um motivo para querer sobreviver,
Já que as flores da primavera morreram.
E não há nada a fazer quando as lagrimas correm,
O caminho nos leva ao fim.
E o fim é um precipício do qual não sabemos sua altura.
Os espinhos hoje cravados em meu coração não podem me derrotar.
E por essa escuridão, ainda há fantasmas que festejam.
Passos quebrando o silencio.
Sua imagem ainda está nos portas retratos,
Não há janelas que possam ser abertas na escuridão.
Não vida que possa sobreviver com perfeição.
Não há sol que nos tire da escuridão,
Nem ao menos alivio para saudade.
Há apenas um breve esquecimento,
que os fantasmas ainda existem,
Há apenas uma breve viajem a normalidade de voltar a ser humano.

Em dias cinzas

Talvez o céu esteja cinza hoje.
Talvez os caminhos sejam outros.
Enquanto a musica toca, os pensamentos refletem,
Em um mar de confusão,
Em um lugar onde não há razão.
Onde se encontra a inspiração?
As belas palavras escritas pela dor.
Onde esta o que um dia tinha cor?
Somos apenas condenados a viver,
E sentir...
E no fundo tudo era apenas nada,
O nada no silencio.
O espelho muitas vezes reflete a nossa mentira,
E estar aqui agora parece ser cansativo.
E quando tudo se encaixar talvez, haja um tempo permanentemente feliz.
Poque é sempre assim, as lembranças doem.
Porque sempre erramos, nossos passos.
Mas só por hoje vou contemplar a chuva,
Alguém disse que ela nunca poderia ser tão majestosa quanto o sol.
Esse alguém talvez não soubesse a magia que se esconde por trás de dias cinzas.
Esse alguém nunca soube que as vezes a felicidade não esta aonde procuramos.

És apenas

Eis o céu,

Eis a magia,

Eis as estrelas,

E a lua.

Esta, dentre todas as outras promessas,

é a qual há de ser cumprida sem receios.

E por estes horizontes ainda há de existir um sentindo para tal coisa,

Como a beleza das rosas estampadas no jardim.

Como a calma da água, que pode rapidamente se agitar.

Como a perseverança dos sofredores, que não deixam de acreditar.

Tal coisa tão bela, 

És a vida em uma eterna espera.

És a dor sem refúgio da saudade.

És o mais belo sentimento sem maldade.

És o pior castigo para quem espera.

É o melhor alivio para quem encontra.

Está em mim como algo que não se pode prever.

Está em mim como a musica que pode até mesmo aquecer as mentes frias.

No inverno é calor para confortar os corpos.

No verão é fresco para alegrar as memórias que iram ficar.

Na tempestade o abrigo, em dias ensolarados a sombra.

E na noite... és puramente sua essência ou sua indecência.

És apenas aquilo que és sem outros adjetivos...

É o amor refletido em um imenso mar de sonhos.

Ponto de luz na escuridão

As estrelas já não brilham na mesma intensidade,
Seu universo se consome por decepções.
Nunca esteve tão imerso na escuridão assim.
Mas se fechar os olhos há um ponto de luz lá no fundo,
Tão distante quanto eu estou, tão perto de seus pensamentos quanto eu posso estar.
Imerso nas pequenas coisas que te fazem bem.
Eis então a distancia imposta nas coisas das quais amamos,
Da cura da qual precisamos.
Eis a noite por sobre nossos sonhos,
Eis as lagrimas de momentos risonhos,
Eis o tempo que custa passar,
Podendo assim se esgotar.
Está aqui toda uma historia ligada a um ponto de luz na escuridão.
Um grão de areia na imensidão.
A vida que nos impõe barreiras nos simples atos, como tocar,
Então há saudades por onde passar,
Marcado no peito uma necessidade de reencontrar.
Há um ponto de luz na escuridão,
E ele pode nos guiar.
Há um ponto de luz na escuridão.
Que representa o desejo do mais sublime sentimento,
que pode nos fazer sonhar.
Há um ponto de luz na escuridão que marca o reencontro.
Há um ponto de luz que trás paz,
E nos deixa mais próximos da saciedade,
de um sentimento sem maldade.