terça-feira, 27 de maio de 2014

Um mundo

Há um mundo de outra cor, feito por você em um lugar tão distante em uma estrada estranha.
Lá as cores mudam mas nunca se desgastam.
Lá há estrelas de uma beleza mais preciosa que o comum.
E talvez os caminhos que nos levem a este mundo nos machuquem.
E talvez precisamos nos machucar para enxergar.
Sangrar para enxergar o remédio.
E talvez não haja ninguém neste tal mundo,
Mas talvez esse ninguém baste.
Uma suave musica toca incessantemente.
Um mundo de crenças quebradas,
Um mundo sem ideia de errado ou certo,
Onde o céu dança e nada nunca se acaba.
Onde não se precisa de nada mais para estar bem.
Um mundo que chova, e a chuva seja encantadora e nunca destruidora.
O mundo onde você pode viver sem necessitar de algo ou alguém.
Onde tudo baste e de nada sinta-se falta.
O mundo escrito por você todos os dias,
Imaginado todas as noites antes de dormi.
O ser humano procura a paz em outro,
Mas não sabe que a paz só é encontrada em si próprio primeiro.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pássaros Tristes

Meus olhos refletem a dor.
Os pássaros choram.
A vida já não é tão justa.
O sangue escorre pelo caminho.
E a dor grita cortando o silencio,
Atormentando os pensamentos.
Para todo lado que se olhe,
Os olhos apenas veem um jardim de rosas mortas e pássaros tristes.
a vida se vai aos poucos, e o horizonte escurece.
Um cálice de tristeza para brindar a confusão.
E por mais que novas rosas forem plantadas,
Os olhos irão enxergar a morte.
A vida irá se esgotar por cada segundo e em mim não haverá luz.
Como um anjo caído que já não faz mais parte do céu.
Como uma dor incessante.
Com asas arrancadas, e angustiantes fatos.
Estando em um imenso jardim de flores murchas,
Um labirinto sem saída e uma dor constante.
Mergulhando-se na escuridão e lembrança de dias luminosos.
Lagrimas caem ao chão são o mais simples e pequeno gesto que se pode ter,
Diante toda dor que se sente.
Dias que talvez não irão passar.
Dias que o horizonte se mancha de sangue.
E o ar já não é respirável.
Dias de sofrimento.
Mas uma hora a alma se acalmará e aceitara o sofrimento.
Porém os pássaros sempre cantaram a melodia triste,
e neste jardim jamais habitará alegria que faça isso mudar.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Coração

Tão degradante fim... inútil, e desanimadora realidade.
Sabes que as verdades muitas vezes só podem ser encontradas em meio aos espinhos.
O sangue que corre em minhas veias flui habitualmente.
Mas há algo diferente. O coração já não bate com tanta força.
Entre os labirintos ele começou a se cansar.
Seus sentimentos se confundiram e ele decidiu seguir a razão.
Pobre coração estilhaçado em pequenos cacos como cristal.
A noite já não trás inspiração, as flores já não existem mais.
O perfume suave que o tempo trazia de minha memórias, não pode ser sentido.
E é sabemos que esta historia de sobreviver nunca tem um verdadeiro fim.
E que por tempos podemos juntar os cacos, mas com o tempo eles vão se espalhar novamente, mesmo que estejam colados.
Então seguimos, como se fosse obrigação caminhar ou apenas se distanciar de toda dor.
E o mundo as vezes cai ao redor mas já não há como sentir.
É algo que sempre recomeça e já se tornou normal.
As feridas expostas estão anestesiadas.
E nesse caminho escuro os passos são cada vez mas precisos.
Sem rumo para chegar, sem saber aonde ir e aonde se está.
Até o coração parar.