domingo, 23 de novembro de 2014

Universo


Enquanto teus olhos tocam  as imagens,
Os meus se perderam na ilusão.
Enquanto teus lábios tocam as palavras,
Os meus se calaram em reflexão.
Enquanto a luz da lua toca nossos corpos,
Meus pensamentos tocam o universo.
Refletindo ironicamente,
Sobre cada futilidade encontrada no caminho.
Os pensamentos me dizem,
Que há muita mais do que apenas ter,
Que há um universo inteiro, que não depende do seu querer.
Que as estrelas não brilham no céu por você.
Mas mesmo que pequeninos,
E destrutivos, ainda sim fazemos parte de tudo,
Não como peça principal,
Mas como algo na composição de tudo.
O que somos?
Frutos de nossos sonhos, ou de nossos pesadelos?
"Seja mais humano!"
E ironicamente o ser humano mata,
O ser humano fere, o ser humano vive de egoismo.
E tudo isso para se sentir mais humano, para controlar tudo!
Então não seja mais humano,
Mas compreenda, que esse universo não é nosso,
E que não somos nada mais que complementos perante a grandiosidade.
Pertencemos ao universo.
Seus olhos se preocupam, seu coração se aperta,
Mas o real esta diante dos seus olhos,
O mundo não tem limites,
É apenas o ser humano que tenta limita-lo
Aprisiona-lo em uma minuscula caixa preta.
Porem o universo não termina ao virar a rua.
O universo é maior que qualquer coisa ja vista,
Qualquer sentimento já sentido.
Ele tudo que conhecemos e também tudo o que não conhecemos,
Ele não é composto de um único planeta mas de infinitos.
E pertencemos a isso... Isso que nunca vai ter fim.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Gotas de sangue


Dentre a ilusão e a realidade,
Me perco em uma dimensão distante.
Tão longe de aonde os sonhos acabam,
Mas muito perto de onde os pesadelos começam.
Onde não há musica,
Não há vida,
Apenas dor e ódio.
Em uma essência perturbada e bipolar.
As correntes que me prendem são as mesmas que me envenenam.
Como um feitiço negro lançado,
O ser humano é sua própria maldição.
Nascendo com a sina de se auto destruir aos poucos.
E talvez as gotas de sangue que escorrem nas parede desse mundo,
Possa contar a historia mais delirante já ouvida.
Quando não havia solidão,
Mas havia perversidade,
Quando a esperança derivava da ilusão,
E o conforto da falsidade.
Talvez as gotas de sangue possam contar que tudo termina,
E que em algum lugar dentro de nós o fim nos prende as magoas,
E as magoas nos torturam até que a ultima gota de sangue seja derramada.