domingo, 25 de novembro de 2012

Jardim de flores mortas



Lagrimas escorrem de seus olhos
Sem sentido... e a unica saída é chorar.
Não se contenta com o que tem.
Porem os olhos ainda veem mais do que existe.
Não se importa em perder os amigos.
Os aliados sempre foram apenas peças do jogo.
No entanto quase morre porque nesse lugar não existe nada.
Apenas o vazio, não escuta, não vê o minimo sinal de vida.
Apenas objetos, que não podem falar, nem lhe dar conselhos.
O vazio é o veneno que alguns tem que carregar.
O vazio de nem ao menos saber quem se é realmente.
Nesse jardim de flores mortas, estão derramados todos os sonhos.
Como uma lagrima de sangue caída ao chão.
Na tentativa descontrolada, de tentar seguir, ser mais, e ter mais
Apenas conseguiu o total e imenso silencio,
Silencio esse que diz mais que mil vozes, falando loucamente.
Deixou escapar, pelos dedos a vida.
Agora apenas existe um vazio em um jardim de flores mortas,
Um lugar escuro, que choras deliberadamente pelo que não fez,
E também pelo que fez. 

Quebrado


Enquanto houvesse razões eu jurei não desistir.
Porem é como um cristal quebrado. 
Uma lagrima derramada não pode voltar. 
Eu gritei, eu jurei, eu vivi e pensei...
Pensei ser verdadeiro.
Mas o que realmente é verdadeiro não se vai com o vento. 
O peso que se tem é grande demais para que isso aconteça.
As imagens são parcialmente deletadas com o tempo. 
Os pensamentos desviados, fugindo para outra realidade.
E as promessas já não valem mais.
Os sonhos foram mortos.
As alegrias nem ao menos existiram para se tornarem tristeza.
Apenas é dor, dor camuflada.
Ao ver é difícil falar, mas há mais mistérios do que certezas.
Jamais será reconstituído o que foi quebrado.
Correr atrás é inútil, quando deveria nem ter principio.
É delicado demais para ser lembrado.
É um cristal... Um cristal quebrado.
Foi razão, imaginaria que não existiu realmente.
Algo sempre muda, então eis aqui o que restou.
Os estilhaços que sobraram, são apenas o resto, a dor.
É apenas aquilo que deve sumir, ser jogado no lixo.
Aquilo que jamais voltará a ser o mesmo de antes. 

sábado, 24 de novembro de 2012

As vezes


As vezes se precisa muito menos do que parece
As vezes se tem tudo,  mas tudo falta.
As vezes é preciso apenas um sorriso. 
As vezes é preciso chorar. 
As vezes é preciso sorrir. 
As vezes as lembranças são mais fortes,
E as vezes nem nos lembramos.
As vezes jogamos,
As vezes jogam nossos sentimentos fora. 
As vezes é triste,
As vezes é feliz. 
E certamente tudo é incerto, tudo muda constantemente. 
Como diamante a ser lapidado lentamente. 
É impossível jurar o nunca, pois mesmo que jure é imprevisível. 
As vezes é preciso mudar, 
E as vezes é preciso apenas ser você.
As vezes é preciso ser corajoso,
E as vezes é preciso medo. 
As vezes.. A prova que a vida é incerta,
E os erros de hoje serão no futuro apenas um passado,
E um motivo para mudança.
As vezes apenas é preciso viver um dia por vez.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Você



Escrevi um poema, pintei na mente um quadro de rosas vermelhas...
No silencio caminhei sorrindo, sem medo dos espinhos, ou do escuro.
Dancei entre os bosques sombrios e escuros.
Me pus a olhar a lua do mais alto pico que pude subir.
E no fim abri os olhos tudo era um sonho.
O sol entrava pela janela, insistindo em me fazer acordar.
Mas talvez, no seu olhar eu possa encontrar.
A doce brincadeira, a pura alegria, juntas em um olhar sonhador.
O tempo brinca comigo quando estas presente.
A memoria que insiste em voltar mil vezes na imagem de teu sorriso.
Na minha alegria sombria.
Nos meus sonhos escuros.
Talvez seja o devaneio mais louco e incoerente que pude ter.
Talvez seja a minha unica estrela no céu.
Não é simples... Foi pra você... Você que se esconde em algum lugar.
Venha buscar as rosas que aqui deixei.
Venha trazer os sonhos que se foram com a noite.
A paz de um coração que se acelera e não sabe se sim ou se não.
A luz e a escuridão, não podem se encontrar, mas mesmo assim o sol ilumina a lua.
Além de um tempo incerto, além de uma loucura.
Além... Além daquilo que talvez se  pode imaginar.
Guardei pra ti...
O sentimento que me busca, que não me da paz, que me persegue
E sem você... As coisas parecem se bagunçar.
O sonhos se tornam apenas sonhos em um lugar sem graça.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Humanidade desumana

Eu viajo no meu próprio mundo.
Eu vejo coisas que eu não acredito.
Vejo realidades insanas.
Vejo pelos dedos escorrer a dignidade da humanidade.
Poucos se salvam nesta selva.
Neste abismo estamos em queda continua.
Viver e presenciar a tantas tragédias,
Não se pode chamar de humano, o que nossos olhos presenciam é falta de humanidade.
Eu acordo pedindo por um pouco de paz.
Eu continuo viajando procurando um ser.
Humano o bastante para colher flores por onde passa.
Humano o bastante para semear a calma, a virtude nos corações, um pouco de esperança.
Eu corro em busca, talvez deixei-o escapar sem o perceber.
Mas eu continuo a busca.
Por aquilo que os seres perderam.
Em algum lugar talvez esteje lá o que causa tanta discordia.
Talvez alguem que ainda se preocupe, que ainda tenha dentro de si o que todos perderam.
Eu faço apelo, eu grito no silencio, e no barulho, eu chamo.
Eu peço... Não há de ser tão em vão, não há de ser tão inutil.
Eu quero apenas alcançar o coração que ainda transpira pureza.
O coração que ainda luta por belos ideiais.
O coração que ainda sim sonha com um mundo diferente, uma humanidade que não seja desumana.

domingo, 11 de novembro de 2012

Um pouco de paz...


Esse silencio, não me ajuda. 
Minha mente perturbada já não consegue ver com clareza. 
A vida já não é a mesma. 
Uma dor profunda me toma. 
A unica coisa que me acolheu até agora, é também a unica da qual eu tenho que abrir mão. 
Meu céu não é azul, meu dia não é agradável... 
Meu céu é escuro, e a noite completa-me. 
Loucura talvez para uns insanidade, e desrespeito. 
Para mim apenas é aquilo que poucos conseguem enxergar em plena luz do dia.  
A luz da lua trás paz, e as tão belas estrelas são o contraste perfeito da escuridão. 
Não é uma forma de se afastar, mas sim uma forma de unir-se ao universo. 
Milhões de vezes tentei intender o motivo das pessoas.
Milhões de vezes tentei ser mais sutil. 
Milhões de vezes fracassei. 
E no entanto eu apenas queria, e quero, a paz.
Paz que não se vê, pessoas que julgam sem ver a real  destruição.
Pessoas julgam  exigindo a perfeição, sem ver seus erros. 
Pessoas julgam a toda hora e instante, sem ao menos ter a noção de quantas tragedias acontecem a cada segundo.
Eu só quero paz. Só quero  um instante pra poder sorrir, só quero um momento para que eu não precise me recordar da destruição. Porem uma vida para tentar lutar contra ela.
Apenas, busco a paz, assim  como muitos um dia buscaram e foram dados como loucos e insanos. Porém foram os maiores gênios.
Não importa como, onde eu apenas quero um pouco de PAZ.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Rosa vermelha.


Pelas incertezas dessa vida corro contra minha própria vontade de paralisar o tempo e mostrar a ti a irrealidade de seus pensamentos loucos, de seus devaneios incertos. 
Uma carta aberta conta-me que tu foste embora, pois a dor e a amargura tomaram conta de seu ser e já não teria mais sentido continuar. 
Mas as gotas de sangue derramadas ao chão me dizem algo que não quero enxergar. 
Sigo seus rastros restou pouco de sua existência. Se foi para nunca voltar.
Se foi  como o sopro do vento tão rápido, e agora tão distante, perto apenas em lembranças, que em um piscar de olhos eram apenas o passado de um presente com momentos felizes.
No entanto tua vida se dissolveu  apenas em lembranças memorias e rastros de sangue, não se pode evitar.
Sua mente doente oscilava entre a cruel realidade e um mundo de ilusões. 
Meu mundo agora é tão escuro e triste quanto a noite fria que se forma lá fora. 
Uma rosa vermelha... A unica lembrança que restou, uma rosa morta...
A lembrança de um sorriso selvagem, e de olhos perdidos. 
Uma rosa que conta uma das mais tristes historias. 
Contigo foi tudo aquilo que avia em mim, eis aqui apenas uma vida tentando encontrar sentido. 
As cenas não ajudam, guardo comigo a rosa que restou, a rosa que morreu, as pétalas amarronzadas que antes eram de um vermelho tão vivo como sangue que corre nas veias.
Guardo o único pedaço de um sentimento rompido, de uma dor inexplicável. 
De um luto árduo, que nunca tem fim. 
A primavera não virá o calor de seu amor não retornará e o frio me tomará. 
Assim como a bela noite que agora é apenas uma escuridão sem sentido. 
Deixo então que leve consigo tudo aquilo que um dia foi uma bela historia...
Fica comigo tudo aquilo que se transformou em uma trágica e inesperada historia. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Se foi...


Olhando o teto nada parece se encaixar em minha mente. O vento entra pela janela, tocando minha face; lá fora pessoas, riem, choram, morrem, nascem, vivem os melhores ou piores momentos de sua vida, é preciso apenas um segundo para que tudo isso aconteça mutuamente em milhares de vidas que nem ao menos se conhecem.
Enquanto aqui esta calmo e confuso, pergunto-me as vezes onde esta o sentido daquilo que é incerto, amizades, pessoas, se vão... Em um pequeno segundo preciso o poder de destruição é imenso, assim como a felicidade que acontece de momentos a momentos.
Levanto-me para olhar pela janela a noite esta estrelada e calma, enquanto as pessoas destroem seu próprio mundo; por agora é difícil perceber, mas apenas agora ainda é difícil...
A musica ainda toca em algum lugar pela casa, e ainda escuto passos de alguém que não existe, alguém que não posso ver...
Alguém que desapareceu com o tempo, as lembranças perturbam, as palavras ainda soam fortes em minha mente, ainda posso ouvir sua voz. Eu tento fugir novamente de mim mesma tentando criar outro mundo imaginário, onde as pessoas não desapareçam até o fim, onde se deem conta da destruição, onde risos ainda ecoem e essa  não passe apenas de uma casa fria e escura.