sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Humanidade desumana

Eu viajo no meu próprio mundo.
Eu vejo coisas que eu não acredito.
Vejo realidades insanas.
Vejo pelos dedos escorrer a dignidade da humanidade.
Poucos se salvam nesta selva.
Neste abismo estamos em queda continua.
Viver e presenciar a tantas tragédias,
Não se pode chamar de humano, o que nossos olhos presenciam é falta de humanidade.
Eu acordo pedindo por um pouco de paz.
Eu continuo viajando procurando um ser.
Humano o bastante para colher flores por onde passa.
Humano o bastante para semear a calma, a virtude nos corações, um pouco de esperança.
Eu corro em busca, talvez deixei-o escapar sem o perceber.
Mas eu continuo a busca.
Por aquilo que os seres perderam.
Em algum lugar talvez esteje lá o que causa tanta discordia.
Talvez alguem que ainda se preocupe, que ainda tenha dentro de si o que todos perderam.
Eu faço apelo, eu grito no silencio, e no barulho, eu chamo.
Eu peço... Não há de ser tão em vão, não há de ser tão inutil.
Eu quero apenas alcançar o coração que ainda transpira pureza.
O coração que ainda luta por belos ideiais.
O coração que ainda sim sonha com um mundo diferente, uma humanidade que não seja desumana.

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