segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Entardecer do Outono
Imersa tanto em mim, vi as lagrimas caírem por sobre o lago de magoas.
E tão friamente as flores dos outros jardins se desabrocharem e uma esplendida sinfonia injusta.
Compus as mais belas musicas vindas da dor,
Um cantar triste que transpunha-se pelos 4 cantos do mundo.
Enquanto seus olhos reluziam em tua face, dentro de minha mente. a felicidade amargurada,
Eu nem ao menos pude impedir a saudade
Como se tudo houvesse de acabar, um ser sem importância na chuva em alto mar, como eu.
Me tomando enfim o torpor e a vertigem de escolher caminhos,
Tão vastamente perigosos em si.
Apenas segui o caminho mais próximo não tão menos importante,
Onde meus olhos podem reencontrar um pouco de minha essência.
Seus olhos ainda estarão paralisados no meu tempo, consolidados em uma infância indestrutível.
Como o espelho não pode negar as raízes, nem ao menos a decepção, apenas clamo pela paz.
Uma folga do sufoco que toma conta dos espaços que ainda restam.
A primavera não trouxe flores ao meu jardim, permaneço no outono com as folhas secas ao chão.
Não há frio nem ao menos calor, e na dor de crescer estarei sempre a recordar...
O amanhecer que me fazia sonhar, com o futuro que eu não poderia prever.
As tardes que faziam de mim um ser humano mais completo,
Entre todos os erros.
Não chamo pela saudade, nem quero os belos momentos de volta, ou novas chances para concertar os maus momentos.
Apenas guardo em mim a historia de toda uma viajem, uma vida, uma aprendizagem.
Uma sinfonia que não é a mais bela nem ao menos a pior de todas.
O outono continuará, mas a primavera que se passou não morrerá em mim.
Em um desejo de paz e felicidade tão distantes deixarei as folhas cecas ao lado.
E contemplarei o que de belo ainda restou.
Escrevendo em minha própria dor.
No entardecer do outono.
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