quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Fechar os olhos
Eu fecho os olhos,
Posso o ver o fantasma,
Seus olhos me consomem.
Me oferecendo a vida e a morte.
O azar e a sorte.
A luz e as trevas.
A sanidade e o delírio.
O começo e o fim.
Caminha em direção a mim,
E trás o sangue de um coração paralisado pela dor.
A nevoa da saudade que restou do amor.
O vento cortante, das palavras que não me deixaram.
As verdades que não se apagaram.
Trás consigo também o espelho,
Que mostra quem somos sem que possamos mentir.
A ilusão se desfaz e já não podemos fingir.
Trás o desespero de não saber o que há no escuro.
Mas a certeza de que nada pode ser puro.
Me dá os mortos, e as magoas que ficaram.
Dos momentos e sentimentos que passaram.
Vem a mim e então reconheça,
Que somos a mesma matéria,
Dois lados de uma mesma moeda.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário