terça-feira, 11 de março de 2014

Em minhas mãos


Onde estas?... aonde não consigo ir?
Por onde caminhas?... pelas estradas que eu não conheço?
O torpor e a vertigem chegam até mim.
A janela está aberta, mas não sinto o vento tocar meu rosto.
A luz da lua toca o chão de meu quarto escuro.
Eu grito e chamo teu nome, mas trancada em minha dor, ninguém pode me escutar.
Fecho os olhos as horas insistem em não passar.
Guardo lembranças que não querem se apagar.
Amarrada as correntes de minha tristeza,
Vivo para chorar.
E deixar aqui as marcas da historia que ninguém jamais ouviu.
Não há testemunhas, apenas sangue das feridas, que hoje estão expostas.
É como se respirar fosse difícil.
E lembrar uma tortura que tem que ser enfrentada todos os dias.
Olhares me veem a mente, não se pode escapar.
Palavras guardadas de noites tranquilas.
Batidas de um coração que não posso ouvir mais.
O mundo que deixastes em minhas mãos ainda continua paralisado me torturando.
E nesse deserto sem oásis me perco, na imensidão de pensamentos.
E então se minha alma ainda chora?
E se meu corpo ainda sente seu toque?
E nada pode parar isso, a não ser que o fim chegue.
A escuridão me abrace.
E esses pensamentos se sessem.

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