domingo, 7 de dezembro de 2014

Facíl

As vezes é simplesmente tão fácil.
Como as estrelas que aparecem no céu.
As vezes meus pensamentos se acostumam com coisas que não existem.
Historias que o universo simplesmente não explica mas aceita.
As vezes me vejo em outro mundo tão distante,
Esquecendo-me da realidade.
Mas é tão fácil...
Como a água do mar forma ondas.
Os sonhos fluem em uma dimensão não encontrada.
As vezes me afogo em angustias inexistentes,
Mergulhando em felicidades que também não existem.
Mas é praticamente tão fácil...
Viver em ilusão enquanto a realidade despenca.
Viver futuros que não virão,
Saudades de memórias que nunca se quer aconteceram.
É tão fácil, viver assim.
Quando seu mundo real entra em caus.
Sem tabua de salvação deixo me afogar,
Aos poucos e lentamente isso vai se esvaído,
Me trazendo de volta a sanidade.
Mas é simplesmente tão difícil permanecer sóbria,
As historias reais contam tristezas que minha alma não quer saber.
E memórias pelas quais meus olhos já choraram.

domingo, 23 de novembro de 2014

Universo


Enquanto teus olhos tocam  as imagens,
Os meus se perderam na ilusão.
Enquanto teus lábios tocam as palavras,
Os meus se calaram em reflexão.
Enquanto a luz da lua toca nossos corpos,
Meus pensamentos tocam o universo.
Refletindo ironicamente,
Sobre cada futilidade encontrada no caminho.
Os pensamentos me dizem,
Que há muita mais do que apenas ter,
Que há um universo inteiro, que não depende do seu querer.
Que as estrelas não brilham no céu por você.
Mas mesmo que pequeninos,
E destrutivos, ainda sim fazemos parte de tudo,
Não como peça principal,
Mas como algo na composição de tudo.
O que somos?
Frutos de nossos sonhos, ou de nossos pesadelos?
"Seja mais humano!"
E ironicamente o ser humano mata,
O ser humano fere, o ser humano vive de egoismo.
E tudo isso para se sentir mais humano, para controlar tudo!
Então não seja mais humano,
Mas compreenda, que esse universo não é nosso,
E que não somos nada mais que complementos perante a grandiosidade.
Pertencemos ao universo.
Seus olhos se preocupam, seu coração se aperta,
Mas o real esta diante dos seus olhos,
O mundo não tem limites,
É apenas o ser humano que tenta limita-lo
Aprisiona-lo em uma minuscula caixa preta.
Porem o universo não termina ao virar a rua.
O universo é maior que qualquer coisa ja vista,
Qualquer sentimento já sentido.
Ele tudo que conhecemos e também tudo o que não conhecemos,
Ele não é composto de um único planeta mas de infinitos.
E pertencemos a isso... Isso que nunca vai ter fim.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Gotas de sangue


Dentre a ilusão e a realidade,
Me perco em uma dimensão distante.
Tão longe de aonde os sonhos acabam,
Mas muito perto de onde os pesadelos começam.
Onde não há musica,
Não há vida,
Apenas dor e ódio.
Em uma essência perturbada e bipolar.
As correntes que me prendem são as mesmas que me envenenam.
Como um feitiço negro lançado,
O ser humano é sua própria maldição.
Nascendo com a sina de se auto destruir aos poucos.
E talvez as gotas de sangue que escorrem nas parede desse mundo,
Possa contar a historia mais delirante já ouvida.
Quando não havia solidão,
Mas havia perversidade,
Quando a esperança derivava da ilusão,
E o conforto da falsidade.
Talvez as gotas de sangue possam contar que tudo termina,
E que em algum lugar dentro de nós o fim nos prende as magoas,
E as magoas nos torturam até que a ultima gota de sangue seja derramada.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Encanto

Eu deixo no ar pensamentos que não podem me salvar.
Eu ouço a melodia da destruição.
As dores que se apossam da minha alma hoje já não surtem o mesmo efeito.
Tão presa em mim.
Vejo sangue escorrer pelas minhas mãos.
E neste mórbido sonho eu permaneço.
Como se não houvesse nada lá fora que seja real.
E nesses desastres me pego a flutuar em outras direções.
Como uma alma errante em um desejo que vai contra sua natureza.
O desejo permanece em mim como uma discreta semente a se infiltrar no solo.
São direções que me tiram da solidão,
Me enchem de ilusão.
Mas como pode uma alma puramente feita de sofrimento,
Acreditar na alegria da emoção?
Como uma criança acredita em fadas...
Ainda sim presa em uma sinfonia de horrores,
E ao mesmo tempo mergulhada em doces sonhos nada cruéis.
É como querer a paz,
Mas morar no inferno.
Os dias passam mais rápido pra mim.
E minha vida como uma fonte limitada.
Se esgota aos poucos, gota por gota.
E o encanto novamente se esvai deixando que o horror permaneça.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Saudade

Tudo esta tão escuro agora...
Para onde fostes?
Talvez a fina linha da vida tenha se arrebentado permanentemente.
Mas não posso acreditar, os olhos enxergam o que a mente não compreende.
Posso ver, não posso tocar.
Posso senti-te ainda, mas não posso comprovar.
E quando as lagrimas caem tenho a certeza de que esse sentimento não vai passar.
Por dentro tudo esta intacto, esperando a volta.
Mas uma parte de tudo  isso sabe que não voltara.
Nas noites frias as lembranças vão queimar minha alma.
Os dias se enxeram de um vazio terrível.
O ser humano uma maquina incrível com defeitos profundos,
Amar  sem querer quase nada em troca apenas receber companhia.
Pobre ser humano mergulhado dentro de si.
Pobre ser humano condenado a sentir.
Nenhum ser humano pode ser substituído.
E nem um sentimento pode ser igual.
A matéria das recordações de nada nos servem, se não houver vida.
E caindo por fim neste abismo, que mais me parece pesadelo.
Deixo minhas lagrimas enterradas nesta terra.
Mas levo comigo vazios imensos deixados.
Levo também, bons momentos insubstituíveis.
E saudades incuráveis.
A tempestade pode passar, mas as nuvens ficaram para todo sempre.

domingo, 31 de agosto de 2014

Não chore

Não chores,
Se o caminho é  solitário.
Não grite,
Deixe o silencio ecoar com as magoas.
Não faça guerra,
Quem se foi deveria ir.
Não plantes flores,
Para que não precise esconder os espinhos de um coração amargo.
Não sinta raiva,
Sentir raiva é persistir em algo que não vai ser como você quer.
Apenas veja,
As estrelas continuam no espaço.
O mundo ainda gira.
E dentro do coração ainda há quem amar,
Ainda há na solidão liberdade.
Não seja aquilo que impõem a você.
E não importa quantas pessoas se distanciarem.
O mundo vai te abraçar,  a dor vai passar.
E os novos caminhos vão te inundar.
Não importa o quão bom foram os velhos momentos,
Eles são lembranças que você  não precisa cultivar.
Pois momentos melhores virão.
 Então não chores, sinta que os ventos que  trazem mudança são os  mesmos para todos,
E que o mundo não vai parar de girar.
Não chore tudo um dia acaba pra que outras coisas possam recomeçar.
E mesmo na solidão ainda há como viver plenamente.
Não dependa,  apenas viva sem olhar para trás.

domingo, 24 de agosto de 2014

A fera

Dentro nós há monstros escondidos.
Eles nos corroem na tentativa de sair,
Gritam na tentativa de serem escutados.
Querendo vir a tona e mostrar sua face.
É tudo que vive no submundo,
São os segredos que ninguém descobriu.
Os sentimento que ninguém pode saber.
Perdendo a luz, o sangue que restou por baixo das unhas.
É a prova dos crimes mais hediondos.
A prova de que nenhuma alma é pura o bastante.
Mostrando o fogo por trás da mascara de gelo.
Corroendo as paredes da prisão.
No espelho pode-se ver o verdadeiro reflexo da fera estampado no olhar.
Sobrevivendo e se alimentando de pensamentos.
É a culpa por amar, a vergonha por odiar,
É vontade de ser diferente, a prova de tudo que fez de mal.
É a coisa mais doentia na alma.
Mas quando as luzes se apagam, e não há ninguém por perto,
A prisão é aberta então a fera vem a tona,
O monstro mostra sua face.
Que desaparece no dia seguinte, com a revolta e a dor,
Para que ninguém possa notar, nenhum vestígio se quer,
Do que há dentro de cada um de nos, a verdade.

sábado, 16 de agosto de 2014

Tempos de solidão

Fecho os olhos,
A noite me cobre levemente,
Mas não me adormece.
Perdido na escuridão alguns pensamentos solitários,
Historias que ninguém vai descobrir.
Sentimentos que ninguém terá o direito de revelar.
Todos se vão do meu mundo,
Todos meus planos não incluem mais ninguém.
E os devaneios da mente no fundo me assombram.
Mas sei que são passageiros.
Devaneios de um mundo invisível a outros olhos.
Uma paisagem que não pode ser compartilhada.
Me perco em mim, com a mesma facilidade com que respiro.
E por horas me parece ser refugio de tantos problemas.
O mundo lá fora assusta, e entristecesse.
A vida lá fora é tão artificial,
É algo que não quero viver,
As pessoas são vazias,
E nessa minha imensidão de pensamentos,
Me distancio, e observo.
É o único jeito de fazer com que a alma pare de doer,
E não me machuque mais.

sábado, 9 de agosto de 2014

Sem volta


Caminhando para o abismo,
Não há salvação para isso.
Somos o fruto do que plantamos.
Somos o fruto de nossos defeituosos sentimentos,
Destruidores de sonhos.
Somos para o fogo a pólvora que o alimenta.
Esse abismo frio e fundo, 
É o lugar para onde todos nós vamos.
A 10 metros abaixo dos pesadelos.
E quilômetros de distancia dos sonhos.
Aonde estão os sentimentos e esperança que tanto ouvi dizerem?
A vontade de viver?
As rosas com seus espinho cortaram minhas veias.
Minha alma chora no caos escuro e cada vez mais próxima do abismo.
Os estilhaços de cristal quebrado ainda estão na minha mente.
São as peças de uma vida que não pode ser reconstituída.
E assim começo a cair para nunca mais voltar.
De olhos vendados pela dor.
E o corpo anestesiado de tristeza.

Góticos - Por Neto Fuliaro


  Vídeo interessante para quem quer saber um pouco mais, talvez com alguns equívocos sim mas de um forma clara e sem preconceitos. Vale apena dar uma olhada e colocar sua opinião nos comentários abaixo. (trabalho de meus amigos.)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Lagrimas puras


Do caos nasce o guerreiro.
Do medo nasce a coragem.
Dos espinhos a resistência ao veneno.
Da esperança a força.
Do amanhecer paginas em branco.
Dos corações puros a vontade.
A busca que não se aquieta.
A dor de ver um mundo não corresponder a imaginação.
Mas dentre o caos e a perversão da sociedade.
Ainda há lagrimas puras que caiem no abismo tentando enche-lo.
Ainda há vida nas almas que não conseguem caminhar.
Ainda há vontade de quebrar barreiras aqueles seres que não podem voar.
A espada que traz a morte, também traz para o guerreiro vontade de vencer a batalha.
Das cinzas das tristeza nascem muralhas.
Ainda há  estrelas no céu que quase padece de puro breu.
No silencio ainda há gritos que  trazem a vida e a luta não perdida.
No escuro há esperança.
Na saudade, expectativa.
Pois alguns sentimentos,
Algumas atitudes, apenas podem ser justificadas por outros sentimentos, outras atitudes. E a vontade de sobreviver!

sábado, 5 de julho de 2014

Devaneios

E na noite mais fria,
E tempestuosa,
No céu mais feroz,
No breu dos pesadelos,
A cansão não vai parar de fluir,
Sinfonia do medo,
Musica sombria,
Mas quando o medo existir ainda haverá um corajoso.
Aquele que aperta os espinhos contra o corpo, e suporta a dor.
Aquele que mais prova do sofrimento é o mais esperançoso.
E a proteção da frieza é apenas uma mascara para alma.
Mas em uma noite confusa,
Resta aos seres apenas silencio, e lembranças mortas.
Que não doem, lembranças que constroem.
Um caminho pelo escuro que me leva ao futuro.
E nas sombras eu corro a procura de luz e,
Fogo que trás calor.
Busco olhares que apenas existem em meus sonhos.
Busco as estrelas que não consigo enxergar.
E onde está tudo aquilo que procuro,
Escondido em um olhar, que reflete luz.
Busco  em meio espinhos pontiagudos,
A chave que abra a luz e me faça te ver.
Sossegue meus pesadelos.
E faça o sonho de uma noite fria, real.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Verdadeira face


O olhar no espelho, mostra aquilo que ninguém pode ver.
A verdadeira face do monstro,
A verdadeira identidade do assassino.
A realidade limpa da ilusão.
A coragem escondida na tristeza,
E o medo escondido na alegria.
O fantasma que na verdade é você mesmo.
Então nesse momento não há mascaras,
Mentiras ou desculpas,
Não se pode negar a si mesmo quem se é.
Então que se faça o brinde  a si próprio.
O lado de verdade muitas vezes é mais interessante.
Ou quem sabe até repudiante? 
Desconhecido, conhecido...
Melhor ou pior?
Nunca consegue-se cobrir a 100% de nós mesmos.
Nunca a mascara é boa o bastante,
Mas então quando o silencio deixa nossos pensamentos falar,
Lá estamos, e talvez tudo que sempre buscamos  a vida inteira esteja lá.
Onde não há mascaras,
Onde não há mentira,
E há a razão que só você julga como certa.
Então quem realmente somos?
Doidos ou filósofos?
Há sempre duvida,
E talvez não haja realmente resposta.
E é apenas nesse olhar que está o caminho para onde nem as sombras encobrem a verdade.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Universo

O vento é ensurdecedor,
Quebra o silencio, nos faz ter vontade de sobreviver.
Pétalas jogadas ao chão são tudo que restaram.
Elas são simbolo de algo mais,
A guerra que apenas começa.
O fogo que vira,
E a calmaria que não irá voltar.
São resquícios, pistas, do passado enterrado.
De uma velha era que chegou ao fim.
Um universo surgindo das cinzas de outro antigo.
A vida se faz nova mas não menos dolorosa.
vivendo pelo vento como pétalas jogadas nele,
Dançando ao som puro de uma natureza que não se acalma.
Um mar revoltado e interessante.
E todo esse novo mundo que se faz mostra.
Que a vida não se faz de olhares apaixonados,
Dias ensolarados, ou belos arco-iris...
Há um sentido maior, escondido nas pétalas que voam pelo vento.
A chuva que cai e desenha em nossa janela.
A noite sem estrelas, e os mais diversos sons.
Há um sentido escondido atras de uma lagrima,
Que é mais sincero que o sentido escondido atrás de um sorriso.
Há um mundo inquieto a se desvendar.
Porém andar sobre ele é como caminhar sobre brasa,
Pra uns tão fácil, pra outros tão difícil.
A vida que há dentro de nós a outros olhares.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Janela aberta

Janelas se abrem, deixando que tudo seja empurrado para dentro.
Clareando os sonhos que já não são os mesmos.
O caminho que já é outro.
Meus olhos veem a única faísca se dissipar e desaparecer,
Então não há mais sentimentos, que me segurem a você.
A historia sempre tem seu fim.
E aquelas belas lembranças estão enterradas e não brotam flores,
Pois o solo já não é mais fértil.
O céu que se enxerga daqui é cinza mas não deixa de ser belo.
E quando anoitece, as nuvens se vão e as estrelas escrevem meu futuro.
Esse vento que toca meu rosto e me faz tão bem.
Me faz sorrir, e por instantes faz a mascara que carrego tornar-se minha verdadeira face.
Vislumbro meus novos sonhos por aqui.
A melodia que me fazia chorar, sessou dando lugar  ao silencio.
E talvez esse mundo seja aquele que eu queira para sempre permanecer.
Historias farão parte dele, e terão seu fim.
Mas sempre haverá um lugar para viajar dentro de si próprio.
E uma janela para contemplar, a paisagem diferente que ninguém pode ver.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Encontro

E talvez, numa estrada do qual o fim desconhecemos,
Você esteja lá, e seja tão claro para nossos olhos...
Uma busca incessante então terá seu fim.
E então a necessidade irá desaparecer.
E duas almas que se buscam na multidão irão se achar.
Como se fossem a peça perfeita uma para outra,
Mesmo dentro de seus defeitos individuais.
O céu irá se colorir, ou apenas ser mais belo.
E nesse caminho muitas coisas passaram.
E muitas coisas nós levaremos.
O frio já não será tão frio.
O calor do ódio não será tão forte.
E assim nascera a aceitação.
E em nossas filosofias de vidas,
Iremos escrever um começo, um meio e um fim.
Que nos será eterno!
Dentro de cada um sempre!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Um mundo

Há um mundo de outra cor, feito por você em um lugar tão distante em uma estrada estranha.
Lá as cores mudam mas nunca se desgastam.
Lá há estrelas de uma beleza mais preciosa que o comum.
E talvez os caminhos que nos levem a este mundo nos machuquem.
E talvez precisamos nos machucar para enxergar.
Sangrar para enxergar o remédio.
E talvez não haja ninguém neste tal mundo,
Mas talvez esse ninguém baste.
Uma suave musica toca incessantemente.
Um mundo de crenças quebradas,
Um mundo sem ideia de errado ou certo,
Onde o céu dança e nada nunca se acaba.
Onde não se precisa de nada mais para estar bem.
Um mundo que chova, e a chuva seja encantadora e nunca destruidora.
O mundo onde você pode viver sem necessitar de algo ou alguém.
Onde tudo baste e de nada sinta-se falta.
O mundo escrito por você todos os dias,
Imaginado todas as noites antes de dormi.
O ser humano procura a paz em outro,
Mas não sabe que a paz só é encontrada em si próprio primeiro.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pássaros Tristes

Meus olhos refletem a dor.
Os pássaros choram.
A vida já não é tão justa.
O sangue escorre pelo caminho.
E a dor grita cortando o silencio,
Atormentando os pensamentos.
Para todo lado que se olhe,
Os olhos apenas veem um jardim de rosas mortas e pássaros tristes.
a vida se vai aos poucos, e o horizonte escurece.
Um cálice de tristeza para brindar a confusão.
E por mais que novas rosas forem plantadas,
Os olhos irão enxergar a morte.
A vida irá se esgotar por cada segundo e em mim não haverá luz.
Como um anjo caído que já não faz mais parte do céu.
Como uma dor incessante.
Com asas arrancadas, e angustiantes fatos.
Estando em um imenso jardim de flores murchas,
Um labirinto sem saída e uma dor constante.
Mergulhando-se na escuridão e lembrança de dias luminosos.
Lagrimas caem ao chão são o mais simples e pequeno gesto que se pode ter,
Diante toda dor que se sente.
Dias que talvez não irão passar.
Dias que o horizonte se mancha de sangue.
E o ar já não é respirável.
Dias de sofrimento.
Mas uma hora a alma se acalmará e aceitara o sofrimento.
Porém os pássaros sempre cantaram a melodia triste,
e neste jardim jamais habitará alegria que faça isso mudar.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Coração

Tão degradante fim... inútil, e desanimadora realidade.
Sabes que as verdades muitas vezes só podem ser encontradas em meio aos espinhos.
O sangue que corre em minhas veias flui habitualmente.
Mas há algo diferente. O coração já não bate com tanta força.
Entre os labirintos ele começou a se cansar.
Seus sentimentos se confundiram e ele decidiu seguir a razão.
Pobre coração estilhaçado em pequenos cacos como cristal.
A noite já não trás inspiração, as flores já não existem mais.
O perfume suave que o tempo trazia de minha memórias, não pode ser sentido.
E é sabemos que esta historia de sobreviver nunca tem um verdadeiro fim.
E que por tempos podemos juntar os cacos, mas com o tempo eles vão se espalhar novamente, mesmo que estejam colados.
Então seguimos, como se fosse obrigação caminhar ou apenas se distanciar de toda dor.
E o mundo as vezes cai ao redor mas já não há como sentir.
É algo que sempre recomeça e já se tornou normal.
As feridas expostas estão anestesiadas.
E nesse caminho escuro os passos são cada vez mas precisos.
Sem rumo para chegar, sem saber aonde ir e aonde se está.
Até o coração parar.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Liberto


Ela andou pelas ruas, a noite era fria e escura.
Seus passos eram o único barulho no deserto de silencio.
Mas ali era seu lugar onde ninguém poderia lhe tirar a liberdade.
Onde o vento podia tocar o rosto sem medo.
Onde as veias pulsavam quente.
E apesar de só, lá ela estava, sem pertencer a nenhuma crença de para sempre.
Nenhuma ilusão de pureza.
E recordando que seu coração por tantas vezes quebrado se juntou.
Suas lagrimas que por muitas vezes se derramaram se secaram.
E não havia magoa dentro de si.
Não havia arrependimento e tudo que sonhou era apenas aquilo.
Como se em um momento pudesse alcançar o céu com a ponta dos dedos.
E tudo fosse apenas dentro de si.
Naquele momento não existia nenhum problema ou sentimento incomodo.
Era o arranha-céu mais alto da cidade.
E seu sorriso era o veneno a contaminar o ar por onde passava.
E talvez aquela tivesse sido apenas uma pequena batalha vencida dentro de si.
E mais batalhas poderiam vir, mas no momento, aquilo era tudo que tinha,
E tudo que precisava.
Pertencendo a noite, e a noite pertencendo a ela.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Borboleta vermelha


Uma borboleta vermelha igual o amor pairando sobre nossos dias.
Voando baixo em baixa velocidade.
Como nossas escolhas, trazendo o novo e o velho.
O permanecer e o inovar.
Tudo na palma das mãos, querendo pousar em algum lugar.
E essa borboleta que hoje paira sobre nossas vidas nos diz,
Que o novo vira mas sentimentos permaneceram.
Que uma nova era se abre em nós, mas não anula o amor.
Como todo fim de tarde tudo irá escurecer, mas as estrelas irão se abrir no céu.
Assim como não podemos tocar o céu, podemos observá-lo.
Como jovem não pode impedir que a velhice chegue mas pode conservar a alma jovem.
Os traços da vida as vezes nos fazem dar bruscas curvas sem saber onde vai chegar.
E porque não eternizar  tudo que temos, que vivemos.
Como se o verão nunca fosse chegar.
E a chuva nunca parasse e a noite jamais virasse dia.
Como o amor concreto construído dia a dia.
Como o olhar perdido que sempre se encontra ao olhar outro reciproco.
Como o mundo que jamais se acaba quando pertenço a seus braços.
E com toda certeza quando o dia amanhecer a borboleta vai estar lá.
Presa na atmosfera do mundo que pode se modificar mas jamais pode deixar de ser o nosso.
E quando suas lagrimas caírem lembre-se da borboleta vermelha a pairar sobre nossas escolhas.
Ela vai te lembrar que por mais que os dias sejam difíceis e estranhos, nosso mundo nunca acaba.
E quando o dia amanhece ele pode se modificar mas nunca desaparecer.
A borboleta vermelha que nos trás a memoria e o presente de que isso nunca termina.
O que é verdadeiro permanece até o ultimo suspiro.


terça-feira, 25 de março de 2014

Somos

Somos como neve a se depositar em superfícies e derreter quando o calor chega.
Somos  tão frágeis, e a vida é apenas um piscar de olhos, ou quem sabe um vislumbre do verão.
Somos então nem mesmo memória, e sim vestígios e sentidos de vagas historias. 
Caminhamos como quem dirige em alta velocidade por curvas, nunca se sabe o que encontrar,
E pode ser fatal...
Talvez na vida tenha de existir esses breves momentos nos quais nos transformam para sempre.
Enquanto seus olhos se encontram suas almas supostamente se cruzam, e por um segundo isso pode bastar.
Para que todo um trajeto nunca mais seja o mesmo.
Dependemos disso para prosseguir, e guiar nossa historia.
Momentos diversos, e por mais breves que sejam nos marcam pra sempre.
E nas minhas respostas, creio que isso seja responsável por tudo que somos.
Assim como a lua tem de ser refletida sobre o oceano.
E as estrelas formarem o mais lindo quadro que pode ser visto.
Assim como temos de chegar ao fim um dia,
Assim como temos que começar um dia...
E quem  sabe tudo tenha seu tempo para repousar em seu devido lugar.

domingo, 16 de março de 2014

Quando

Quando...?
Os segundos estão correndo, e nada nunca é igual.
Mas porque todos sempre sorriem, sendo que nascemos para chorar?
Queria por fim estar em teus braços, e saciar a saudade,
Mas nada é como queremos.
E se as estrelas, já não são tão belas ao meus olhos?
E se o espelho agora reflete uma imagem derrotada?
Eu viajo diante as lembranças.
Danço pelos espinhos da dor.
E nada nunca será feliz como nos sonhos.
O passado guarda promessas não cumpridas.
Guarda magoas que não se desfazem.
Assim como o solo precisa da chuva para produzir.
Assim como precisamos dos frutos para sobreviver.
Preciso que por um segundo a felicidade esteja aqui,
E os sonhos se reconstituam, para que crie-se então uma ponte,
Para que eu possa prosseguir, mesmo na dor.
Enquanto ouço gargalhadas, meu coração apenas chora.
Foste então a vida para mim, e hoje resta apenas um corpo com registo.
As lagrimas já não me deixam dormir.
E o amanhã sera o mesmo.
Nada nunca volta a ser feliz ou se enche de felicidade nova.
Talvez as tais "fazes da vida" demorem mais para passar do que imaginamos.
Mas por um segundo imagine-se em seu maior desejo.
E saiba que por mais que hoje a escuridão nos abrace.
Seremos o futuro de um novo mundo, em chamas.

terça-feira, 11 de março de 2014

Em minhas mãos


Onde estas?... aonde não consigo ir?
Por onde caminhas?... pelas estradas que eu não conheço?
O torpor e a vertigem chegam até mim.
A janela está aberta, mas não sinto o vento tocar meu rosto.
A luz da lua toca o chão de meu quarto escuro.
Eu grito e chamo teu nome, mas trancada em minha dor, ninguém pode me escutar.
Fecho os olhos as horas insistem em não passar.
Guardo lembranças que não querem se apagar.
Amarrada as correntes de minha tristeza,
Vivo para chorar.
E deixar aqui as marcas da historia que ninguém jamais ouviu.
Não há testemunhas, apenas sangue das feridas, que hoje estão expostas.
É como se respirar fosse difícil.
E lembrar uma tortura que tem que ser enfrentada todos os dias.
Olhares me veem a mente, não se pode escapar.
Palavras guardadas de noites tranquilas.
Batidas de um coração que não posso ouvir mais.
O mundo que deixastes em minhas mãos ainda continua paralisado me torturando.
E nesse deserto sem oásis me perco, na imensidão de pensamentos.
E então se minha alma ainda chora?
E se meu corpo ainda sente seu toque?
E nada pode parar isso, a não ser que o fim chegue.
A escuridão me abrace.
E esses pensamentos se sessem.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Fechar os olhos


Eu fecho os olhos,
Posso o ver o fantasma,
Seus olhos me consomem.
Me oferecendo a vida e a morte.
O azar e a sorte.
A luz e as trevas.
A sanidade e o delírio.
O começo e o fim.
Caminha em direção a mim,
E trás o sangue de um coração paralisado pela dor.
A nevoa da saudade que restou do amor.
O vento cortante, das palavras que não me deixaram.
As verdades que não se apagaram.
Trás consigo também o espelho,
Que mostra quem somos sem que possamos mentir.
A ilusão se desfaz e já não podemos fingir.
Trás o desespero de não saber o que há  no escuro.
Mas a certeza de que nada pode ser puro.
Me dá os mortos, e as magoas que ficaram.
Dos momentos e sentimentos que passaram.
Vem a mim e então reconheça,
Que somos a mesma matéria,
Dois lados de uma mesma moeda.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Controle


Hoje o céu está nublado.
O dia esta frio, o vento cortante.
Talvez, mais uma vez, minhas palavras tenham fugido.
Se refugiando em um mundo onde não se pode ter acesso.
Assim como as estrelas se escondem em dias nublados.
Assim como o frio toca meu rosto tirando o calor.
As palavras se guardam no silencio.
As mudanças de um tempo cercado por novidades.
Lembranças caladas no vazio,
Lembranças tristes de momentos irreversíveis.
Promessas não cumpridas de uma breve vida.
Talvez... mas só talvez, seja loucura continuar.
O amanhecer de todos os dias, trás o despertar da dor.
O desenrolar das horas nos trás saudades, de um tempo que jamais volta.
O futuro nos guarda o que ninguém pode prever com a unica certeza de que o fim virá.
Ao caminhar os passos cada vez se mostram mais difíceis.
E quando o desespero queima dentro de nós como pólvora no fogo, consumindo-nos.
Em dias frios onde a solidão nos abraça,
Em dias nublados onde é preciso apenas algo,
Apenas um novo momento para ser guardado,
Apenas mais um abraço que retire a solidão.
Em dias frios que a dor nos controla.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Caindo


O frio se vai, o calor de seus braços me aquece.
Não há tristeza que se cure quando há pouco tempo para estar ali,
Nem o céu mais belo é capaz de distrair os pensamentos.
Enquanto os passos nos direcionam para o abismo,
Enquanto a dor afeta nossa alma doente, enquanto a água não sasseia a sede.
Estar ali, é como cair desse abismo,
No exato momento que se perde os sentidos, e se entrega a queda.
O vento no rosto, os olhos fechados esperando o impacto.
E de certo modo, por mais que o impacto com o chão lhe mate,
Esses poucos segundos trazem o prazer de cair, a sensação de liberdade jamais sentida.
Talvez o abismo esteja em teus braços... talvez esse abismo esteja dentro de nossas mentes.
Como algo que se liga pelo calor dos beijos, e a frequência cardíaca... ou..
Talvez... o simples fato de estar ali.
A suavidade dos momentos ternos, e a simplicidade em que se encontra momentos felizes.
Na bondade de pequenos gestos cuidadosos, de pequenos sorrisos involuntários.
Embebidos no desejo  insaciável de cair um dentro do outro, em uma eterna queda,
Que de certo modo nos transmite uma liberdade.
Inquietos dentro de um simples momento.
Que tanto significa.
Que tanto nos transporta pra outro mundo.
Onde talvez haja lugar para estar ali para todo o sempre.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Momento

E quando a noite cai com seu manto estrelado nos cobrindo,
Talvez seja perigoso pensar.
Como um sorriso tão sincero aparece no caus?
Como os sonhos podem continuar a existir, mesmo que machuquem?
E talvez uma melodia lhe faça chorar.
Enquanto a lua toca seu rosto com sua suave luz.
Se teus olhos não se abrirem mais?
Então qual sera a ultima imagem que lhe fara feliz?
E as lagrimas derramadas pela tristeza da alma?
Então quais dessas vezes valeu realmente a pena chorar?
E se teu lábios jamais pronunciarem uma palavra se quer?
Será duro demais não poder dizer o que sente?
E se tua alma sumir, e você não mais viver?
Os passos que deixou de dar, os sorrisos que deixou de sorrir...
Qual foste o único momento em que realmente valeu a pena?
Entre as flores e espinhos o ódio se torna tão pequeno diante o tempo.
Ainda há corações a bater, vidas que desejam aproveitar até o ultimo suspiro.
Ainda há caminho para se pisar, e motivos pra seguir.
Mas e se o amanhã lhe levar? Então não haverá mais nada.
Apenas pensamentos, que nos trazem mais próximos.
Enquanto a realidade se limita ao visível e palpável.
Quem sonha dentro de sua tristeza, recorda e vive até mesmo o que nunca aconteceu.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Não vá

Quando nossos pés não tocam a terra firme,
E nos encontramos perdidos, em uma dimensão desconhecida,
Cercada por problemas de uma vida difícil.
Me procure, onde os outros não vão me encontrar,
Conte-me sobre sua vida, seus sonhos, me distraia...
Cante uma doce melodia, e não vá embora.
Quando os corações já não suportarem a distancia,
Então venha ao meu encontro, na estrada do futuro.
Pois quando as lagrimas caiem, seu consolo me faz falta,
Quando o mundo se torna cruel demais, minha alma grita seu nome.
Pois quando minha asa já está cansada pra poder prosseguir o voo,
Eu procuro-te em meus pensamentos para poder prosseguir.
Se nos sonhos sua presença me completa,
Ao acordar a realidade me faz ter forças pra suportar, a dor que vem,
Quando tudo não passa de um sonho.
E quando teus braços se fecham a minha volta,
É como se o mundo fosse ali, e em mais nenhum outro lugar.
E quando o coração sangra não tem como curar.
E se as palavras não me saem pela boca elas estão no meu coração.
Pois talvez um poeta guarde sentimentos apenas em papeis.
E se minhas atitudes não me declaram, meus olhos sempre clamam em desespero e medo,
de perder.
Talvez aprisionada em mim... talvez a dor já tenha consumido a sanidade que restava.
Mas isso me mantem em pé.... como se tudo pudesse ser suportado.
Não se perca aonde meus olhos não podem te achar.
Não me ache em outro lugar.
Esteja aqui, mesmo que difícil seja, esteja aqui mesmo depois do fim.
E bem antes do futuro, sem deixar de, simplesmente amar....

domingo, 19 de janeiro de 2014

Poeta de sonhos


Tuas palavras me encontram, em uma noite tão triste,
Poeta de sonhos, prisioneiro de meus delírios.
As estrelas cantam pra você.
Uma melodia de inspiração
Daqui não há distancias, mas também não há felicidade,
Poeta tuas palavras ecoam pelo vazio de minha alma,
Sustentando as lapides que lá ainda estão.
Sendo meu perpetuo consolo.
Poeta das tempestades sem trégua de minha alma.
Cuja a tristeza lhe alimenta os pensamentos.
Fantasma da melancolia e sentimentalismo.
Vem ao meu encontro, todas as noites,
E todos os dias que para mim são tão escuros quanto.
Venha atormentar minha inspiração,
Mostrar-me os detalhes.
E os espinhos.
Adorme-se em mim, e renasce novamente de minhas cinzas,
Como a continuação da dor que por raras vezes desaparece.
Poeta de textos confusos, e muitas vezes irreconhecíveis.
Mora em meus sonhos, e em meus pesadelos.
Fantasma de minha mente.
Meu eu despedaçado.
Que vaga por minhas imaginações.
Em busca de algo que jamais será encontrado.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Estações


Os dias passam, como um passarinho a migrar conforme a estação.
Porem os dias jamais voltaram.
Em um caminho torto e confuso escrevemo nossa historia,
Sabendo que nada nunca é como antes, nem mesmo nas mesmas circunstancias.
As águas frias da tristeza ainda me acompanham,
Até mesmo nos sorrisos que ainda se aproximam da sinceridade, ela está lá.
Talvez um dia se vá com o tempo, ou permaneça até o fim de todas estações.
Mas a unica certeza que pode se ter é que tudo sempre muda.
Algumas se vão e jamais volta,  outras se intensificam, e outras se amenizam, novas chegam.
Enquanto tentamos fazer o melhor para curar o coração,
Os caminhos continuam nos torturando.
Dia apos dia, como se uma guerra tivesse inicio dentro de nós,
E nunca há um vencedor.
Certas distancias alimentam, a tristeza, e a imaginação.
As estradas deste caminho estão vazias, e não há ninguém fora mim aqui.
Talvez nunca houve alguém aqui, mas nas lembranças, e nos delírios, a saudade me tortura,
Como uma rosa com muito espinhos entre minhas mãos.
E enquanto os dias se passam, esse olhar me sustenta entre os caminhos escuros e vazios.
O olhar de quem um dia, fez com que a tristeza fosse mero detalhe.
Cravado em minha mente, que sem esperanças conforma-se com as lembranças.
A tristeza, que hoje há aqui, lapida as minhas mais variadas faces.
E as raras pessoas que cruzam este caminho nem ao menos olham para o lado.
As vezes não há lua, nem luz, as vezes a noite é muito mais que escura.
Mas é apenas uma estação que irá passar como todas outras.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Apenas mais uma noite

E quando a lua não aparecer...?
E as estrelas não puderem ser vistas...?
Então um mando de imenso breu cairá sobre nós.
E da escuridão nossos pesadelos vão surgir.
De onde não se pode escapar.
Onde nossos medos se encondem, e se tornam reais.
A melancolia de uma noite sem luz e sem amanhecer.
Aonde está a pureza? Tudo que podemos sentir aqui são os espinhos.
A dor nos consome, e o medo nos derruba o desconhecido por vezes não pode ser bom.
Não há melodias, nem memórias que nos façam sorrir,
Nessa noite sem fim. Onde não há lua , nem estrelas.
Não há desejo e nem sonhos.
Apenas pesadelos.
Onde estão as promessas?
Uma lagrima abraça o rosto, de quem tanto sofre.
Não há labirinto tão fácil.
Então aos poucos desperta da dor,
E renasce das cinzas dessa noite sem fim.
E vê que não há amanhecer que seja claro aqui.
A dor nos fortalece, e do medo vem a coragem.
E da escuridão nasce a sobrevivência.
Das lagrimas o alivio.
E então, a escuridão se ameniza, e ja podemos enxergar.
Os espinhos que ainda nos machucam.
Porem não há dor o bastante que possa derrubar.
Quem das cinzas de uma tristeza imensa renasce.


sábado, 4 de janeiro de 2014

O agora e o tempo


Eu vejo que o tempo por vezes pode trazer complicações,
E tantos medos que provem de dores passadas.
Eu vejo que talvez não possa concertar as coisas,
Ele é uma cachoeira que nunca se seca,
E de tão forte não podemos ir contra sua correnteza,
E tudo que podemos levar deste passado, são as dores, das feridas que foram um dia causadas.
O tempo não irá lhe trazer uma vida nova mas apenas envelhecer a que há.
O tempo não lhe trará novas pessoas, o tempo apenas esgota.
O tempo não trás alivio da dor.
Porem o tempo, lhe fortalece.
O tempo nos ensina.
Ele é o nosso melhor amigo, e pior inimigo.
Ele não irá parar de correr se você ficar parado.
O ponteiro do relógio pode parar, mas o tempo ainda corre.
Ele não lhe da a chance de esperar, por mais que seja preciso...
Então o agora pode ser tão precioso.
No agora estão as melhores oportunidades,
No agora está aquilo que pode haver no depois.
Se houver depois...
E as pessoas estão na nossa vida de acordo com nossos passos,
Elas podem ir embora, então o agora é que faz a vida valer.
E o que pode fazer o amanhã acontecer.
Não deixe para viver o depois,
Onde as estrelas podem não mais existir.
Nem mesmo você...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Começo

Hoje o mundo renasceu novamente,
Me levanto das cinzas e começo a caminhar com um novo sopro de vida.
E somente no fim se pode saber se as estrelas irão compensar a escuridão;
Se a beleza irá camuflar o que há dentro.
Se as historias se faram eternas na linha do tempo.
Mas hoje apenas tudo começa novamente lhe dando novas chances.
Uma nova inspiração, trazendo as mudanças que o que passou deixou.
Entre então e faça parte de todo esse mundo.
Que pode não ser feliz, mas é tragicamente intrigante.
Fantasticamente misterioso.
E misteriosamente diverso.
E não se culpe por tudo, nem se culpe pelos outros,
Apenas faça o que achar melhor.
E entre todas fases da lua a profecia á de se cumprir.
A profecia que diz que tudo e novamente vai mudar,
Que diz que a cada fim, somos outros,
Até que chegue o verdadeiro fim.